Um fato: nós, os minimalistas, usamos muito a palavra desapego.
Agora, declaro: tomemos cuidado com essa palavra.
Para tal, explico: desapegar é algo bom quando pensamos nele como abrir mão de rumos que estão fora de nosso controle (as tais expectativas) e passamos a viver o presente, isso inclui a acumulação fundada no “um dia posso precisar”. o futuro é incerto.
Em tempo: planejar sim, colocar expectativas, não.
Mas veja: desapegar é algo ruim quando se torna algo mesquinho, individual demais ou mesmo uma desculpa para fugir de responsabilidades. quando utilizamos o argumento do desapego para magoar uma pessoa, descartar um projeto ou mesmo fugir de uma responsabilidade.
Então: desapegue sim, mas desapegue daquilo que te faz mal, desapegue da vida sem propósito, dos momentos sem valor, do presente sem singularidade.
Pratique sim o desapego, mas com responsabilidade: com você, com os outros e com o mundo.
Boa semana.