Uma característica clássica dos humanos é que detestamos críticas.
Somos muito bons em sinalizar os erros e omissões dos outros, mas quando alguém nos diz algo, saltamos para a defensiva. E não estamos acostumados a observar nosso próprio comportamento.
Falamos sem pensar, agimos apenas para acariciar o ego; e nesse processo caímos em comportamentos compulsivos.
Se não monitoramos constantemente nossos pensamentos, nos tornamos pessoas com tendências à compulsão.
Ao entrar na mente compulsiva, chegamos a um estado em que a vida é como um sonho. Fazemos coisas sem entender o que estamos fazendo.
O viciado em comida começa a comer sem pensar.
O viciado em relacionamentos entra na espiral perpétua da sedução.
O egoísta fará o que for preciso para acariciar seu ser interior, sem observar as consequências.
O apostador dará tudo para poder sentir a adrenalina fluir com a emoção de um jogo de azar.
Acordamos desse sonho quando é tarde demais e o estrago está feito.
Muitas vezes é irreparável.
Quando meditamos, aprendemos a seguir nossa respiração. Com o tempo, aprendemos a observar os pensamentos sem julgá-los e sem abraçá-los.
Quando detectamos que há compulsão ou angústia para repetir algo, só notamos para deixar passar … como nuvens ao vento.
Romper pensamentos compulsivos não é fácil em uma economia que lucra com nossos excessos. Mas há uma saída, embora seja um caminho pessoal e tenha que começar por algum lado.
Meditar por cerca de 10 minutos por dia é o início de uma jornada de milhões de quilômetros. Se você não der o primeiro passo, nunca o dará.