Durante os últimos dias eu ouvi pessoas diferentes dizerem: “Eu não poderia viver sem isso ou aquilo”, geralmente se referindo a coisas que há dez anos não existiam.
É, claro, uma frase, um exagero. Mas esse tipo de coisa nos diz sobre o ponto de vista da nossa sociedade.
É por isso que penso que é necessário começar o ano lembrando que precisamos de poucas coisas.
Precisamos muito menos do que pensamos.
Como resultado, somos muito mais fortes, mais resilientes e independentes do que pensamos.
Se o futuro nos preocupa, é fácil lembrar disso. Nós vamos gerenciar, nosso cérebro é uma máquina para sobreviver e, além disso, precisamos de pouco para estar bem.
Ninguém disse que seria fácil, mas essa é a verdade e, além disso, dificuldades forjam caráter.
O que necessitamos?
- Oxigênio
- Água
- Comida
- Um lugar para viver
- Estar em contato com outras pessoas
- Saúde
Sem essas seis coisas, você realmente não pode viver.
Não deixe ninguém te enganar.
Sem o resto, podemos viver. Viva plenamente, feliz e intensamente. Espero, que ninguém lhe diga que apenas estas seis coisas levam a uma vida chata, plana e sem sentido.
É mentira.
Todo o resto acrescenta conforto às nossas vidas, o que até certo ponto é desejável. Mas não traz mais plenitude, felicidade ou intensidade. Se, por exemplo, nossas relações com outras pessoas não nos satisfazem, mais dinheiro ou mais coisas não resolverão nada.
Entre tantas fanfarras que podemos encontrar na mídia, nas nossas cabeças, na Internet e, basicamente, em todos os lugares, às vezes é bom lembrar.
Não precisamos de nada. Você não precisa de um Mercedes, nem um iPad, nem um Louis Vuitton, nem uma garrafa de Vega Sicilia, nem a assinatura da academia, nem a conta Netflix, etc…
Basta lembrar que dentro de você, sob camadas de conforto suave, há, se necessário, alguém forte, resiliente e independente.
Alguém que só precisa de cinco coisas para viver ao máximo.
Este artigo é apenas uma reflexão e não um manual de como você deve viver ou tampouco uma lição de moral sobre o que você deve ou não comprar. Você é a única pessoa que sabe o que é melhor para você.
Eu só queria enfatizar que, em si, as comodidades não são ruins, desde que possamos permanecer independentes. Se perdermos tudo, ainda podemos ser felizes. Em outras palavras, devemos evitar ter o apego às coisas no sentido de provedores de felicidades.