A estrada para o inferno está cheia de boas intenções.
Falamos sobre a estrada em direção a um espaço sufocante e caótico?
Para muitos, o destralhe continua a ser um “Eu iria, mas eu não posso.”
Em uma suposição, pelo menos 80% das pessoas que pesquisam sobre destralhe – e em geral à “simplificação” da vida doméstica – estão no início entusiasmadas, e depois de um primeiro progresso superficial, elas se encontram desanimadas.
Muitas vezes, nós não temos mesmo os primeiros resultados, porque quando é hora de agir, simplesmente surgem as desculpas mais comuns:
- Estou sem tempo.
- Não sei por onde começar.
- Não sei como descartar o material.
A verdadeira razão para o bloqueio é pouco visível, mas é muito simples: dentro de nós existe um conflito de necessidades.
A razão pela qual estamos atraídos pelo destralhe é que uma parte de nós quer satisfazer determinadas necessidades, tais como:
- Encontrar coisas quando precisamos delas,
- Sentir que podemos mover e pensar livremente,
- Ter espaço para realizar uma atividade,
- Evitar o desperdício que pesa sobre as nossas finanças.
Já a outra parte criar um fator “SAVE” que está perseguindo necessidades muito diferentes, por exemplo:
- Exorcizar o medo de privação,
- Eliminar uma sensação de vazio,
- Criar em torno de uma barreira protetora contra o mundo exterior que vemos como perigoso e hostil.
Se livrar da acumulação não é difícil uma vez que você entra na ordem correta das ideias.
Qual é a ordem correta das ideias?
Simples: o destralhe não é sobre os objetos, é sobre a sua pessoa.
Não é uma casa que se aproxima. É a procura da alma e crescimento pessoal.
Meu conselho: Esqueça truques e pílulas zen – que são também desorganização – e concentre-se em explorar as verdadeiras razões para o seu comportamento.
Não o faça com a ideia de “resolver o problema”, mas para conhecê-lo melhor, ver o que vem de fora, com atitude exploratória.
Pare de pensar em termos de “a casa está uma bagunça e tenho que fazer alguma coisa”, e comece a pensar em termos de “a casa reflete a dinâmica interna que está a criar desconforto em mim, como eu posso usar essa correspondência para melhorar a mim mesmo e gerar bem-estar?”
Aqui está um exercício simples que pode te ajudar.
1 – Escolha 7-8 itens “importantes” que você se importa, mesmo que você não use. (E se você tentar fazer uma lista completa, você pode achar que eles são muito mais do que pensava!).
2 – Responda por escrito a estas perguntas para cada um dos objetos selecionados:
- Porque o adquiri, ou deixei que entrasse em casa?
- Porque eu o mantenho?
- O que sinto com a ideia de deixá-lo ir para sempre?
- De que forma o valor da minha pessoa é manifestado aos outros, mesmo sem a presença do objeto?
O melhor ponto de partida para fazer progressos reais com o destralhe não é um método prático e muito menos a aquisição de outros objetos “inteligentes”.
É aumentar a nossa compreensão dos processos psicológicos no trabalho dentro de nós.