Após uma semana de trabalho árduo em todos os sentidos, resolvi tirar uma segunda-feira de folga e fui à praia.
Fiquei sentado calmamente, sem celular, sem relógio, sem nenhum gadget e sem distrações.
O mar estava secando gradualmente, aumentando a faixa de areia plana e revelando pequenos animais marinhos e algumas conchas.
O sol estava ameno, ainda era cedo, mas já estava dando sinais de toda a sua força.
Cavei sem pressa, e coloquei os meus pés dentro da areia enquanto apreciava o movimento das ondas. Fiquei assim por vários minutos. Depois me dirigi ao mar. A água estava quase morna e bem rasa, praticamente sem ondas.
Lembrei quando era criança e fiquei boiando lentamente curtindo o sol.
Essa pequena folga durou pouco mais de duas horas. Mas teve o efeito muito superior que aquilo que atualmente chamamos de descanso: horas em casa ociando sem planejamento algum.
Não que eu não goste de Netflix ou de ficar surfando na internet.
Mas hoje vejo, após conhecer o minimalismo, que o contato com a natureza é muito mais renovador, salutar e gera mais contentamento que qualquer forma digital de distração.
Devemos planejar pequenas folgas e realizar atividades que nos tragam prazer. Devemos buscar contato com a natureza.
Para cada cinco dias de trabalho, tire pelo menos duas horas de folga em contato com a natureza.
O contato com o mar, em especial, traz inúmeros benefícios: relaxa o corpo, fortalece o sistema imunológico, reduz tendências alérgicas, cicatriza a alma.
Não mora perto do mar? Busque um rio de águas correntes, uma cachoeira, um ribeirinho, uma floresta para uma boa caminhada.
Henry David Thoreau, autor do famoso e auto-biográfico livro Walden, (A Vida nos Bosques), escreveu uma declaração e um manifesto contra a civilização industrial na época; na natureza.
Ele passou dois anos vivendo na floresta. Escrevendo, ponderando, meditando e se inspirando.
Podemos aproveitar a natureza ao nosso redor. Sem distrações, sem aparelhos digitais, sem interrupções. Somente você e ela.
Como disse Aristóteles, “A natureza não faz nada em vão”.