Desprendimento é uma atitude para desapegar-se

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Nosso dia normalmente é repleto de compromissos, tarefas, trabalho por fazer, atividades pessoais, profissionais e por aí vai. Também cultivamos interações com outras pessoas, entre elas: familiares, vizinhos, colegas de trabalho, colegas de tempos atuais, passados e desconhecidos.

É possível vivermos um dia inteiro sem nos aborrecermos com as pequenas farpas de relacionamento?

Podemos ter mais desprendimento quanto as nossas expectativas de como as coisas devem ser, ou esperamos que sejam?

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Certa vez marquei um compromisso com um cliente importante. Fui ao local combinado, dez minutos antes da hora marcada. Notebook à mão. Bloco de papel. Caneta. Calculadora HP 12C. Enfim, armado até os dentes para vender o que eu queria vender.

Só não contava que o cliente ia me dar o bolo…. Fiquei cerca de duas horas esperando. Criei uma expectativa enorme, que foi frustrada. O resultado? Na reunião seguinte o cliente compareceu. Mas eu ainda estava tão ressentido com o cliente (e acredito que ele sentiu isso por mais que eu disfarçasse) que acabei não fechando o negócio.

Como a vida gosta de repassar algumas lições para que possamos aprender. A situação se repetiu. Mas desta vez foi diferente. Levei, além de minhas ferramentas padrão, o meu Kindle.

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O cliente desta vez compareceu, com um grande atraso, mas veio. Eu estava tão entretido lendo, escrevendo, pesquisando material para o próximo livro que nem senti que o cliente se havia atrasado quase duas horas.

Meu ânimo, porém, estava completamente diferente. Relaxado. Revigorado por uma boa leitura. Com ideias já escritas para uso futuro.

E antes que você pergunte: sim, consegui fazer a venda!

Precisamos aprender a nos desprender dos acontecimentos à nossa volta, nos desprender de nosso ego.

John Wooden, ex-treinador de basquete da UCLA, costumava dizer aos seus jogadores:

“- Eu sempre dizia aos jogadores que não queria que eles ficassem terrivelmente desanimados depois de uma derrota, nem excessivamente jubilosos depois de uma vitória. Eu esperava que depois de um jogo, ninguém pudesse adivinhar se eles tinham vencido ou perdido.”

O melhor caminho para vivermos plenos é atribuirmos o nosso valor ao que nós somos. E não ao que fazemos ou possuímos ou ao que conquistamos.

Como diz a filosofia hinduísta: deves suportar o teu karma alegremente, qualquer que ele seja (…) por mais duro que ele seja, mostra-te agradecido por não ser ainda pior.

Ter o coração agradecido por toda e qualquer circunstância da vida.

Buscar alegria nas coisas simples da vida nos tornando mais plenos e conscientes de quem somos e para onde vamos.

Desprendermos, desapegarmos.

Libertar, viver, e ser feliz.