Olá!
Hoje, gostaria de te convidar a refletir sobre o ouvir e o falar.
Sobre o equilíbrio entre ambos. Sobre observar a mente.
Ouvir mais e falar menos: esse é um dos propósitos da minha vida hoje em dia.
Nós gastamos tanta energia mental, falando. Ou, pelo menos, construindo a fala na mente, que não percebemos que, quando nós estamos falando, estamos perdendo uma grande oportunidade de escutar e sentir a própria respiração.
Observar a respiração é dar voz ao coração.
As palavras são as formas mais autênticas e transparentes que nós temos de expressar qualquer tipo de sentimento. Sejam eles de alegria, tristeza, raiva, angústia.
Sejam eles, os sentimentos, de qualquer natureza, as palavras tem o poder de expressá-los.
As palavras, mesmo que não se manifestem em formas físicas, têm esse poder; transmitir sentimentos. Elas são criações da nossa mente. Elas são reféns de sentimentos.
Alguns, ocultos, outros, tão explícitos que nem nós compreendemos o quão prejudiciais eles podem ser para o próximo.
Por isso gosto muito de escrever, escrever tem sido, pra mim, um exercício mental de liberdade de vários sentimentos.
Escrever é colocar a mente em movimento, sem dizer uma só palavra.
Escrever é transformar as palavras em sentimentos.
Faça um exercício:
Escreva. Encontre um pedaço de papel e uma caneta e escreva o primeiro sentimento que lhe vier à mente. Queime o papel logo em seguida.
Escreva o que sentiu destruindo as suas palavras.
Escrever é um dos mais introspectivos exercícios para trabalhar o minimalismo na fala.
Lembrem-se: minimalismo não é sobre coisas.
Minimalismo não é sobre ter; é sobre ser.
Fale quando for preciso.
Fale menos, sempre que for preciso.
Escute mais.
Observe mais.
Existe um universo à sua volta.
Não podemos confundir o fato de conseguirmos construir frases completas com a voz, com o ato de construir uma mensagem.
Se você não tiver nada mais sábio que o silêncio para emitir, continue com ele.
Uma mente em silêncio estará sempre em estado de aprendizado.
Uma mente em silêncio estará sempre presente.
Estará presente no presente.
A mente é inquieta, fala, fala e não diz nada.
Esse é o estado presente da não-mente.
Procure um espaço em que você possa estar conectado com o mais íntimo de sua mente. Sente-se em um local silencioso e comece a observar a sua respiração. Sentimentos de várias naturezas vão surgir.
Uma mente em silêncio se faz, naturalmente, inquieta. E este é o maior desafio do ser humano que quer evoluir: encontrar o espaço presente entre o silêncio e o caos.
Entre o observar e o agir.
Minha única consideração, ao iniciar a prática de observação da mente, é: seja gentil com os seus sentimentos, pois, como disse, eles vão surgir em várias formas.
Caso haja, e vão haver várias, interrupções, tente, com cuidado e gentileza, mandá-los, um a um, se afastarem para que você e sua mente estejam, novamente, conectados um com o outro e que a única sensação seja a divina de estar presente no presente.
Seja a sua respiração.
Seja tudo que está a sua volta.
Seja o silêncio.
Tente transformar o hábito de ficar em silêncio, nem que seja por 5 minutinhos do seu dia, em um encontro com o seu estado de presente.
Amanhã é daqui a um segundo.
Ontem foi há um segundo atrás.
Só o que te sobrou foi o agora.
Por isso, respire mais.
Fale menos.
Observe.
Reflita.